Protestos contra deportações em massa promovidas por Trump se espalham pelos EUA 6s2z51

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Manifestações iniciaram em Los Angeles na semana ada e motivaram o presidente americano a enviar tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para à cidade, o que serviu de alerta para o restante do país

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2025 20h55 - Atualizado em 11/06/2025 21h17
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Ringo Chiu / AFP TOPSHOT – Uma manifestante agita uma bandeira combinando os símbolos dos Estados Unidos e do México enquanto forças de segurança entram em confronto com manifestantes durante um protesto após operações federais de imigração, no bairro de Compton, em Los Angeles, Califórnia, em 7 de junho de 2025. O presidente dos EUA, Donald Trump, mobilizou 2.000 soldados neste dia para conter os protestos crescentes contra as ações de repressão migratória na região de Los Angeles — medida que o governador do estado classificou como "deliberadamente provocativa". Agentes federais entraram em confronto com multidões enfurecidas em um subúrbio de Los Angeles, enquanto os protestos chegavam à segunda noite no sábado, com uso de granadas de efeito moral e o bloqueio de parte de uma rodovia durante operações contra imigrantes indocumentados, segundo relatos. (Foto: Ringo Chiu / AFP) Uma manifestante agita uma bandeira combinando os símbolos dos Estados Unidos e do México enquanto forças de segurança entram em confronto com manifestantes durante um protesto após operações federais de imigração, no bairro de Compton

Os protestos contra as deportações em massa promovidas pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos se espalharam pelas principais cidades do país entre esta terça (10) e quarta-feira (11). As manifestações iniciaram em Los Angeles na semana ada e motivaram o presidente americano a enviar tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para a cidade, o que serviu de alerta para o restante do país.

Manifestações foram registradas em cidades como Washington D.C., Nova York, Oakland, Seattle, Chicago, São Francisco e Austin. Elas foram organizadas por diversos grupos, que incluem sindicatos e o movimento “50501”, uma campanha decentralizada e popular de oposição ao governo americano. Os protestos foram resposta à repressão ocorrida em Los Angeles, palco de conflitos entre civis e forças militares que alertam prefeitos e governadores dos EUA. O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, luta contra a presença dos militares na maior cidade do Estado.

No Texas, por outro lado, o governador republicano Greg Abbott, avisou na noite desta terça que enviaria a Guarda Nacional para “locais por todo o estado”. Ele não revelou o número de guardas nem como serão utilizados. Abbot declarou apenas que os guardas estarão em “locais estratégicos onde possam fornecer a resposta mais robusta”, se necessário. “Há outros fora desta sala que gostariam de saber disso. E eu não vou contar a eles”, disse o governador durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

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Entre as cidades do Texas que recebem manifestações, estão Austin, San Antonio e Dallas. Protestos estão planejados em San Antonio na noite desta quarta e em outras cidades do estado durante o fim de semana. Autoridades de San Antonio disseram que não solicitaram o envio da Guarda. Em Austin, manifestantes e policiais entraram em confronto em uma manifestação nesta terça-feira que resultou em 13 prisões e alguns ferimentos leves entre os policiais.

O Departamento de Polícia de Austin anunciou que os policiais prenderam oito pessoas e que quatro policiais receberam atendimento médico. Já o Departamento de Segurança Pública do Texas anunciou que os agentes prenderam cinco pessoas durante o protesto. O protesto foi organizado pelo Partido para o Socialismo e a Libertação. A legenda afirmou que a manifestação era em solidariedade aos protestos em Los Angeles e que o objetivo em Austin era fazer com que os agentes de imigração interrompam as deportações. Eles também querem que os militares saiam da cidade da Califórnia.

Em Dallas, imagens de vídeo capturadas pela agência de notícias Associated Press mostraram policiais vestidos com equipamentos antimotim em frente a uma fila de manifestantes, alguns segurando bandeiras mexicanas.

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Em Los Angeles, centro dos protestos dos últimos dias, um toque de recolher foi instaurado na noite desta terça-feira, mas não foi o suficiente para dispersar os manifestantes. A polícia da cidade informou que 203 manifestantes foram presos por não se dispersarem e outras 17 por violarem o toque de recolher. A polícia prendeu várias outras pessoas por porte de arma de fogo, agressão a um policial e por terem apontado um laser para um veículo militar.

A polícia afirmou ter usado munições menos letais para controlar a multidão. Dois policiais ficaram feridos na terça-feira, elevando para nove o número total de feridos nos últimos dias.

A prefeita da cidade, Karen Bass, se juntou aos manifestantes e criticou as operações dos agentes de imigração na Califórnia, classificando-as de provocação da Casa Branca. “Talvez façamos parte de um experimento nacional sobre até onde o governo federal pode ir para assumir o poder de um governador, o poder de uma jurisdição local”, disse Bass.

Bass foi acompanhado por prefeitos de toda a região do sul da Califórnia, vários dos quais disseram ser imigrantes. Eles disseram que os imigrantes são vitais para a economia, incluindo a colheita de alimentos para o país. “Não somos criminosos. Somos pessoas trabalhadoras. Viemos para os Estados Unidos para trabalhar, para melhorar nossas famílias”, disse a prefeita de South Gate, Maria Davila.

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Muitos líderes da cidade disseram que batidas policiais têm ocorrido em frente a lojas de departamentos, igrejas e outros estabelecimentos comerciais. Uma mulher grávida de nove meses e um homem que estava deixando a neta estavam entre os detidos, disseram.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório

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